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"Grace Adeleye / PA"
Uma enfermeira britânica foi condenada nesta sexta-feira por
homicídio culposo (quando não há intenção de matar) depois de errar um
procedimento médico que causou a morte de um bebê de quatro semanas.
O incidente ocorreu em abril de 2010 quando Grace Adeleye fez
uma circuncisão em um recém-nascido.
Porém, alegou a promotoria, a sutura foi mal feita e a criança
sangrou até morrer antes de ser levada ao hospital.
O procedimento ocorreu em Oldham, no norte da Inglaterra.
Adeleye foi acusada de negligência no tribunal de
Manchester.
A enfermeira, que negou o crime, disse ao júri que havia feito
mais de mil circuncisões sem nenhum acidente.
Adeleye e os pais do bebê são da Nigéria, onde o procedimento
em recém-nascidos é uma tradição em famílias cristãs.
Ela havia recebido 100 libras (336 reais) pela operação.
Durante o julgamento, a promotoria apresentou provas de que a
enfermeira conduziu o procedimento usando apenas um par de tesouras, um fórceps
e azeite de oliva, sem anestesia.
Adeleye afirmou que não percebeu 'qualquer problema' quando
saiu da casa da criança e que os pais do recém-nascido teriam ficado contentes
com a operação.
Entretanto, a promotoria rebateu as afirmações da enfermeira,
alegando que, quando os pais trocaram a fralda do bebê, se surpreenderam ao
descobrir uma grande quantidade de sangue.
Eles teriam, então, telefonado para Adeleye, que sugeriu
apenas 'limpar' o ferimento.
No dia seguinte, os pais da criança decidiram chamar uma
ambulância e o bebê foi levado a um hospital local, onde foi confirmada sua
morte.
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