247 - Os réus condenados na Ação Penal 470 já podem se preparar para passar o fim de ano e o mês de janeiro na prisão. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou na noite desta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de prisão imediata dos 25 políticos, empresários e banqueiros condenados no julgamento do mensalão.
No documento de 20 páginas, o procurador-geral argumenta que não há razão para os condenados aguardarem a sentença definitiva para começar a cumprir as penalidades definidas pelo Supremo. A expectativa é que o ministro Joaquim Barbosa, presidente do tribunal, decida sobre o pedido na próxima sexta-feira.
Como a corte estará em recesso, o presidente Joaquim Barbosa poderá decidir de forma monocrática. Se a questão fosse submetida ao plenário, Gurgel perderia, uma vez que o STF, em toda sua história, jamais prendeu réus antes do trânsito em julgado de uma ação. Por isso, a manobra permitirá que Barbosa decida sozinho.
Embora seja polêmica, a decisão de Barbosa (que é um segredo de Polichinelo) acaba de ganhar um apoio importante. A revista 'The Economist', a mesma que há poucas semanas pediu a demissão de Guido Mantega, agora exalta a prisão dos réus. Barbosa é retratado como o personagem que joga no lixo do Bar Brasil a pizza da impunidade. Se faltava um empurrão para que ele decretasse a prisão dos réus, não falta mais.
Antes do fim do ano, José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha, Marcos Valério e outros réus da Ação Penal 470 estarão atrás das grades.
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