A destinação
de 100% dos royalties para educação foi uma das modificações que o governo
federal promoveu no projeto de lei aprovado no Congresso Nacional
Ao comentar a decisão da presidenta, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comemorou. “Temos de investir naquilo que vai garantir um desenvolvimento sustentável para o Brasil quando não tivermos mais essa riqueza”, disse. “Não há futuro melhor do que investir em educação: é o alicerce do desenvolvimento, um legado histórico para as futuras gerações.”
O valor, segundo o ministro, é um acréscimo ao mínimo constitucional exigido. “O município tem de aplicar 25%; os estados, 25% e a União, 18% [das receitas]”, destacou. “Então, a receita do petróleo fica acima dos 25% dos municípios, acima dos 25% dos estados e acima dos 18% da União, ou seja, é um acréscimo da receita efetiva.”
Mercadante disse que tudo o que resultar das receitas do petróleo é para acrescentar ao mínimo constitucional.
A destinação de 100% dos royalties para educação foi uma das modificações que o governo federal promoveu no projeto de lei aprovado no Congresso Nacional. A presidenta editará medida provisória com novas regras de distribuição dos royalties para substituir os dispositivos modificados. A MP estará publicada nesta segunda-feira (3), no Diário Oficial da União.
Veto
A presidenta vetou integralmente o artigo 3º do projeto, que diminuía a
parcela de royalties e a participação especial dos contratos em vigor destinada
a estados e municípios produtores de petróleo. Com o veto, fica mantida a
distribuição dos recursos a estados e municípios produtores dos campos
atualmente em exploração.No caso dos futuros campos, vale o que estabelece o projeto aprovado pelo Congresso. Assim, em 2013, os estados produtores terão reduzida a arrecadação de 26,25% para 20%. No caso dos municípios, a arrecadação cairá de 26,25% para 15%. A partir da vigência da nova lei, estados e municípios que não têm atividade petrolífera terão direito a uma parcela da arrecadação.
Royalties
Os royalties são tributos pagos ao governo federal pelas empresas que
exploram petróleo, como forma de compensação por possíveis danos ambientais
causados pela extração. Participação especial é a reparação pela exploração de
grandes campos de extração, como a camada pré-sal.
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