Enfermeira fugiu após mais de 2 semanas; Caso ocorreu em Porto Alegre.
'Ele lesionava e medicava para ela aguentar nova sessão', diz delegada.
A polícia prendeu na quinta-feira (25), em Porto Alegre, um médico de 53 anos, suspeito de manter a namorada em cárcere privado por mais de duas semanas e torturá-la constantemente. Segundo a delegada Nadine Farias Anflor, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, a enfermeira conseguiu fugir da casa de Cesar Duílio Gomes Bernardi e foi até a delegacia fazer a denúncia. Ele foi encontrado em casa, no Bairro Glória, preso preventivamente por violência doméstica e encaminhado ao Presídio Central.
"Ela estava completamente desfigurada, bastante debilitada, visivelmente sem comer há muitos dias", disse a delegada. No depoimento, a mulher contou como era torturada. "Desde tortura com relho, agulhas, uso de cortador de unha. Ele lesionava a vítima e acabava medicando para que ela pudesse aguentar nova sessão de tortura", completou.
O casal havia namorado na adolescência. Recentemente, através das redes sociais, se reencontraram e voltaram a manter relacionamento. Segundo a delegada, eles estavam juntos desde março, na casa onde o médico morava. "Ela disse que sabia que ele era uma pessoa violenta, mas não que pudesse chegar a esse ponto", ressaltou a delegada.
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